Lei de cotas de conteúdo nacional na TV por assinatura compromete a qualidade dos programas?

Diante da nova lei que determina o uso de cotas mínimas para a produzir conteúdos audiovisuais nacionais destinados para a TV por assinatura, muitas discussões a respeito do assunto estão sendo levantadas. Uma delas diz respeito a preocupação com relação a qualidade destes programas, que muitas vezes está sendo substituída apenas pela quantidade. Leia mais sobre o assunto a seguir e veja quais as perspectivas deste setor em crescimento no mercado nacional.

Considerações sobre a lei de cotas

Durante um congresso realizado pela Associação Brasileira de Televisão por Assinatura (ABTA) ocorrida no ano passado, ficou claro que o momento para este mercado é bom dentro do brasil e que o consumo de TV por assinatura pelos brasileiros é cada vez maior. Com vista nestas informações, algumas estratégias de crescimento e desenvolvimento do conteúdo nacional foram discutidas, levando em conta sobretudo a qualidade dos programas de caráter nacionalexibidos nos canais pagos.

Em um panorama geral, a qualidade dos programas brasileiros não é ruim e apresenta bastante qualidade. Porém, é importante que os produtores de conteúdo audiovisual levem em conta os desafios trazidos por fatores como a mudança de condições financeiras de diversas classes sociais, que agora tem acesso a TV por assinatura. Diante deste fato, é necessário desenvolver uma programação que atinja e satisfaça todos os públicos. Isto se dá por meio de um intenso trabalho de pesquisa e gostos.

Outros fatores a serem levados em conta

Outro aspecto que foi bastante abordado durante o congresso foi a preocupação em desenvolver programas que as pessoas precisem, queiram e gostem de ver. Dentro deste contexto, algumas questões de regulamentação também foram amplamente discutidas. De modo geral, uma das opiniões é a de que quanto menos regulamentado, melhor será para o consumidor, já que quanto mais aberto ele for mais consumidores ele trará. Todas estas reflexões são de grande importância para o setor nacional.

E juntamente com todas estas questões, destaca-se ainda o cuidado em não bombardear com uma grande quantidade de conteúdos sem se preocupar com o seu teor. Para evitar este tipo de problemas, a melhor solução é investir em políticas de diversificação e direcionamento de programação. Deste modo, vai ser possível conseguir conciliar os gostos populares com uma boa qualidade de programas, enriquecendo a cultura televisiva e artística nacional e contribuindo para uma nova página na história televisiva do país.

Conclusão

É muito importante ter este tipo de discussão no país, principalmente para avaliar até que ponto as cotas de conteúdo nacional na TV paga cumprirão o papel de um entretenimento consciente. Isto é vital para evitar problemas como o comprometimento da qualidade da programação e dar mais credibilidade para a produção audiovisual do Brasil. Deste modo, é preciso esperar para ver se os programas atuais e novos vão proporcionar divertimento da maneira certa para os espectadores. Isto será vital para descobrir todo o potencial televisivo do país, acima de estereótipos e a exibição de temas vulgares e baratos.