No último dia 12, a Anatel divulgou um relatório do qual se extraiu uma curiosa informação: no mês de novembro de 2014, foram registrados 19,81 milhões de acessos de TV paga no Brasil. Isso corresponde a 30,2%, em densidade, dos lares de todo o país.
Mais que isso: o DTH e o FTTH (fiber-to-the-home) seguem avançando e conquistando espaço em participação de mercado, em comparação com a plataforma cabo, o que expõe um aprimoramento tecnológico – e mais dispendioso – da parte do consumidor.
No início do ano passado, ambas as operadoras figuravam com uma participação de mercado de 61,72% e 0,22%, respectivamente. Já no mês aferido pelo relatório da Anatel, o DTH já somava 61,96%, enquanto o share do FTTH já contabilizava 0,45% de participação – mais que o dobro em menos de um ano.
Para ambas as tecnologias ascenderem, algumas tiverem que cair. Foi o que aconteceu com o share do cabo, que foi de 37,95% para 37,51%, entre os meses de janeiro e novembro de 2014, e do MMDS, que foi de 0,09% para 0,06%. Já o serviço especial de TV por assinatura (TVA) ficou estável, mantendo o seu share de 0,02%.
Mas isso não significa, necessariamente, que o crescimento da plataforma cabo esteja caindo em desuso, às vésperas de uma contagem regressiva para a extinção. No mesmo período aferido pela Anatel, as operadoras de cabo conquistaram nada menos que 523 mil novos assinantes – chegando a 7,43 milhões de lares.
Quanto as operadoras cresceram no mesmo período
O relatório divulgado pela Anatel mantém, ainda, informações interessantes e relevantes para enxergar esse nicho de mercado como um todo.
É o caso dos grupos econômicos e como eles reagiram às movimentações no mercado. O que mais cresceu entre janeiro e novembro de 2014 foi a Oi, que antes possuía um share de 4,57% e avançou para 6,08%, marcando presença em 1,2 milhão de lares nacionais.
A participação da Telmex, por sua vez, teve uma queda súbita de 53,45% para 53,01%. Mas em termos absolutos, foi a que mais cresceu em 2014 pelo relatório da Anatel. Enquanto as operadoras Claro, Embratel e Net arrecadaram o total de 772 mil assinantes, pedindo licença para adentrar em 10,5 milhões de lares.
Por fim, a SKY, que mesmo arrecadando mais de 200 mil assinantes no período, perdeu sua participação, totalizando, agora, 5,64 milhões de assinantes e um share de 28,48% – anteriormente, somava 29,76%.